segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Um pouco de História


Etimologia. Guarapuava De origem guarani ‘’guara’’... garça + ‘’pu’’... barulho + ‘’ava’’... sufixo que dá
idéia de lugar: lugar cheio de rumor de pássaros, ou ‘’guara’’... lobo + ‘’pu’’... barulho + ‘’ava’’: lugar onde se
ouve rumor ou uivos de lobos. (OB). Para Teodoro Sampaio o termo vem de “wa’ra po’aba”... rumor ou
latido de guarás (Chrysocyon brachyurus), ou corruptela de “wi’ra po’aba”... o rumor dos pássaros. Martius
tirou de “wara”’... ave + “pu’ame”... em pé, dizendo que outros deram como etimologia “arapu’a”... abelha
da terra. ‘’Macedo Soares critica os étimos do padre Francisco das Chagas Lima, de Saint-Hilaire, do
escritor anônimo citado por este naturalista, sob o nome espanhol-americano de Fr. Prazeres Maranhão (a
que Martius traz), de Luiz D. Cleve e apresenta a sua, muito lógica aliás: 1) - ‘’guará’’ é comum nos matos e
campos de Guarapuava, sendo que este nome foi dado primeiramente aos campos e daí se estendeu para
o resto da região. 2) - “puá” é um verbo que significa atirar, dar tiro, flechar, matar com flecha. 3)- “hab” é
um sufixo participial de lugar. 4) - “puáhab” é o lugar onde ou para onde se atira, onde se caça. Então
Guarapuava” é termo guarani puro, significando “campo onde se vão caçar os guarás”. Resta uma pequena
objeção apresentada e rebatida pelo próprio Macedo Soares: Como é que, em pleno domínio Camé, povo
indígena que falava o caingangue, vão os sertanistas achar entre aqueles bugres uma palavra guarani
pura? Basta lembrar que ao lado de Guarapuava, há muitas outras palavras exclusivamente guaranis em
toda aquela região habitada por aquela gente, para que o fato fique satisfatoriamente explicado. Os guaranis,
se não foram os primeiros habitantes da região, foram pelo menos anteriores aos bugres encontrados em
1810 pelo padre Francisco Chagas, na expedição comandada por Diogo Pinto de Azevedo Portugal’’. (AN).

Origem Histórica. Os Campos de Guarapuava foram descobertos pelo sargento Cândido Xavier de Almeida
e Souza em 1768, que comandou a quarta bandeira exploradora à região.
Em 11 de novembro de 1819 foi criada a freguesia de Nossa Senhora do Belém Guarapuava. Em 1836
foi fundada a primeira escola na povoação e a primeira professora foi Dona Bibiana Carriel Bittencourt.
Em 17 de julho de 1852, através da Lei n.º 12, a freguesia ganha foros de Vila, e o primeiro Juiz de Paz
foi o sr. Bernardino José de Lacerda e como primeiro presidente da Câmara Municipal o major Luiz da
Silva Gomes.
No dia 02 de março de 1859, pela Lei Provincial n.º 54, foi elevada à categoria de Comarca, sendo seu
primeiro Juiz de Direito o dr. José Antônio de Araújo Vasconcelos. Neste período a Vila de Guarapuava foi
ameaçada de invasão indígena, sendo defendida por um contingente de 36 homens, liderados por Antônio
de Sá Camargo, mais tarde Visconde de Guarapuava.
Em 12 de abril de 1871, através da Lei Provincial n.º 271, a Vila de Nossa Senhora do Belém Guarapuava
foi elevada à categoria de cidade.
Segundo o pesquisador José Carlos Veiga Lopes, para Filipak o termo “vem do guarani: aguará = lobo
guará, Canis jubatus + puava = arisco, bravio. Guarapuava = lobo guará arisco, bravio, espantadiço,
indócil. A região foi explorada pelos irmãos Ângelo Pedroso Lima e Marcelino Rodrigues de Oliveira,
filhos de frei Bento Rodrigues de Santo Ângelo, religioso carmelita. Eles estavam comprometidos com o
ouvidor de Paranaguá, doutor Antônio Pires da Silva e Melo Porto Carreiro, que lhes havia escrito cobrando
informações sobre descobrimento de ouro e feitura de roças. No mesmo dia que recebera a missiva, 12 de
dezembro de 1754, Ângelo respondeu, dizendo, entre outras coisas, que a entrada que seu irmão Marcelino
fizera o ano anterior saíra aos campos de Gurapuaba (sic) e deles voltara por não topar com o morro que
buscava e também não socavara nada, passando bons ribeirões e córregos, e como não achara coisa de
conta, não fizera aviso ao ouvidor.
Na continuação da informação, ele afirma que sabia que o empenho dos paulistas era procurar os
campos de Gurapuaba (sic) e o fim do capitão Francisco Tosi Colombina era procurar os mesmos campos,
pelo que supunham estar para lá o dito morro que procuravam, e como já sabia onde estavam os ditos
campos e por onde se podia ir a eles com mais brevidade, livrando de matos e morros e para com mais
facilidade os conquistar primeiro que os paulistas lá chegassem.
Por essa informação vemos que os campos de Guarapuava já estariam descobertos em 1753. Das suas
entradas pelo sertão Ângelo Pedroso Lima mandou elaborar um mapa por Manuel Ângelo Figueira de
Aguiar em 1755, onde aparecem dois campos de Gurapuaba (sic), uns entre o rio Grande do Registro
(Iguaçu) e o rio Ubatuba, onde estão realmente os campos de Guarapuava e outros entre os rios Tibagi,
Paranapanema, Ubatuba e um afluente deste último, que poderiam ser os campos depois denominados de
Campo do Mourão.
O governador da capitania de São Paulo, Dom Luís Antônio Botelho de Souza Mourão estava
preocupado com os castelhanos e mandou para Curitiba seu primo Afonso Botelho de Sampaio e Souza,
para organizar diversas expedições aos sertões, que, entre outras finalidades era localizar os campos de
Guarapuava, já atingidos por Ângelo Pedroso Lima e seu irmão Marcelino Rodrigues de Oliveira.
Algumas das expedições saíram do porto de Nossa Senhora da Conceição de Caiacanga, atual Porto
Amazonas, e desceram o rio Iguaçu. A quinta expedição, comandada pelo capitão Antônio da Silveira
Peixoto, entrou pelo rio Registro abaixo até o primeiro salto, chamando aquela paragem de Porto de Nossa
Senhora da Vitória, onde deixou a maior parte da gente, continuando o capitão por terra e desapareceu (foi
preso pelos espanhóis e levado para Buenos Aires).
Em abril de 1770 foi mandado o tenente Bruno da Costa Filgueira com uma esquadra para tentar
localizar o capitão, descendo até o Porto de Nossa Senhora da Vitória, onde morreu afogado; em 12 de
junho de 1770 embarcou no porto de Nossa Senhora da Conceição de Caiacanga o sargento-mor Francisco
José Monteiro, levando o sargento Cândido Xavier de Almeida e Souza e chegou ao porto da Vitória, onde
se achava o tenente Manuel Teles com parte da gente e foi determinado que o sargento Cândido Xavier
fosse com a melhor gente procurar o capitão. O já tenente Cândido Xavier seguiu viagem chegando ao
Funil nos fins de agosto, onde viram um grande clarão para a parte do norte, que mostrava ser de um
grande fogo; na manhã seguinte, sendo nos princípios de setembro, fez Cândido Xavier passar o rio o
sargento Manuel Lourenço para examinar aquelas terras e perto do meio-dia saíram ao campo onde
toparam com um rancho comprido, paiol do gentio, sem encontrar pessoas, e voltaram para dar a notícia
ao capitão, que resolveu entrar com todos os camaradas e trens aos campos, o que fez por cima do Passo do
Funil, saindo eles a 8 de setembro de 1770 nos campos (de Guarapuava).
A sexta expedição foi por terra, saiu do Carrapato e foi comandada pelo guarda-mor Francisco
Martins Lustoza, que chegou aos campos de Guarapuava no dia 21 de abril de 1771. Para a próxima
expedição aos campos de Guarapuava o tenente-coronel Afonso Botelho de Sampaio e Souza foi junto,
onde encontrou os índios no dia 16 de dezembro de 1771. Malogradas as expedições ao oeste no período
1769/74, os campos de Guarapuava ficaram abandonados.
O príncipe regente Dom João, por ato de 29 de agosto de 1808, decidiu fazer expedição aos campos de
Guarapuava para enfrentar aos castelhanos. Em 1º de abril de 1809 foi nomeado Diogo Pinto de Azevedo
Portugal, sargento-mor do regimento de milícias de Curitiba como comandante da expedição dos campos
de Guarapuava; como capelão foi o sacerdote curitibano Francisco das Chagas Lima. A picada aos campos
foi aberta em 19 de maio de 1810 e a expedição chegou em 17 de junho de 1810, quando se fundou a
povoação de Atalaia, além do rio Coutinho, que posteriormente foi transferida para o Pontão das Estacadas
no Campo Real, cerca de setembro de 1811. Por influência do padre Chagas, a freguesia foi criada no lugar
Atalaia, por Carta Régia de 18 de dezembro de 1818.”

(Trecho do livro: Municipios Paranaenses Origens e Significados de Seus Nomes, João Carlos Vicente Ferreira)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Lenda da Catedral Nossa Senhora de Belém.


"Desde de sempre ouvi minha mãe contar esta história sobre a Catedral Nossa Senhora de Belém, ela conta que no começo da cidade quando não havia quase ninguém morando aqui ainda, veio uma expedição para iniciar a construção de uma vila aqui na região de Guarapuava, só que esta expedição quase no final de sua jornada foi atacada por índios que viviam nesta região na época, o local do confronto foi as margens do rio das mortes, por caussa desta luta que surgiu o nome do rio, e nesta expedição havia uma mulher que trazia com ela uma imagem de Nossa Senhora de Belém, e esta mulher que no meio da batalha foi ferida por flechas atiradas pelos índios com a imagem da Santa nas mãos  fez uma promessa que se conseguisse sobreviver ao ataque construiria uma capela para homenagear a sua Santa protetora, diz a lenda que ela conseguiu escapar do ataque do índios e ser socorrida onde é hoje a Catedral Nossa Senhora de Belém."

Desta história contada tantas e tantas vezes por minha mãe surgui o nome do rio das mortes e o local onde esta construida a Catedral de Guarapuava.

Igreja Nossa Senhora de Belém.


Segundo algumas pesquisa minhas a Catedral Nossa Senhora de Belém foi funda em 1819 pelo Padre Francisco das Chagas Lima que  estava em Guarapuava devido a expedição enviada pelo príncipe D. João, para colonizar os Campos Gerais, inicialmente foi criado como Igreja fortaleza de carater religioso e de defesa da colônia portuguesa.


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Memórias de Guarapuava.

Este Blog será inteiro dedicado a História da cidade de Guarapuava, aqui haverá fotos antigas da cidade, moradores ilustres, histórias e lendas de uma das cidades mais antigas do Paraná.